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Primeira Internação



A manhã de 27 de Novembro teve um ar muito ruim, sabíamos que precisariamos levar o Benício ao laboratório e ao médico, o que sem nenhuma dúvida seria difícil, para ele pela aversão que tinha a tais ambientes e para a Tami e eu por termos que levá-lo a força.


Hemograma feito, a ansiedade pelo resultado e o susto ao ver as plaquetas em 18 mil. Ao final da tarde fomos ao consultório pediatrico da dra. Sabrina e ela nos direcionou imediatamente à internação no Ruth Cardoso com um quadro de PLAQUETOPENIA GRAVE.


Fomos todos ao hospital, a Tami saiu com o Benício, eu dei um beijo amoroso nele e voltei pra casa com o Bernardo e a Bárbara. Em casa ambos brincaram um pouco, a Bárbara dormiu e o Bernardo, com toda a sua sensibilidade, parecia prever o dias que estariam por vir. De forma incomum pediu para dormir comigo na cama do pai e da mãe.


Na manhã de 28 de novembro fui ao hospital com a crianças no carro e troquei de lugar com a Tami, ela foi pra casa e eu passei a ser o acompanhante hospitalar do meu herói. Entrei no hospital cerca de 10:00 e as 11:30 eu estava com a impressão de estar ali a dias, o tempo não passava. O restante do dia foi assim, ainda sem que eu tivesse a percepção de que seriam muitos dias naquela condição.


O Benício estava extremamente impaciente, queria tudo e não queria nada, pedia comidas que não tinham no hospital, pedia para ir embora, reclamava e chorava muito com as coletas de sangue que aconteciam quase todas as manhãs. Estava triste, abatido e irritado.


Dias se passaram sem que houvesse um diagnóstico fechado, exame de ultrassom não apontou problemas, eletroencefalograma também não e tomografia da mesma forma.


Neste momento já havíamos lido muito sobre quadros clínicos similares ao dele, onde existe uma PLAQUETOPENIA sem causa de origem definida. Dentre as possibilidades de causas tínhamos:

- Infecções virais;
- Tumores na medula óssea;
- Leucemias
e outros.


No Hospital Ruth Cardoso o quadro clínico foi tratado como sendo única e exclusivamente uma PTI - Púrpura, doença auto imune que ataca as plaquetas. Porém, sabíamos pelos sintomas que ele apresentava que não se tratava apenas de corrigir as plaquetas com um corticóide.

Insistimos muito na busca de diagnóstico da CAUSA DO PROBLEMA, porque sabíamos que agir apenas nas plaquetas apenas faria apenas uma "maquiagem". Insistimos por mais exames, por uma ressonância magnética por exemplo, que não foi feita pelo Hospital, possivelmente por uma limitação de recursos deles.


Assim ficamos por 11 dias no hospital, insistindo, até que desistimos de ficar ali investigando e passamos a torcer para que a alta viesse logo e pudéssemos buscar tratamento em outro lugar. E a alta veio no décimo primeiro dia, com as plaquetas em mais de 100 mil, após o corpo médico do Ruth Cardoso ministrar corticóides por 5 dias para que as plaquetas subissem.